domingo, 1 de março de 2015

ACABOU MAIS UM ANO DEDICADO ÁS ARTES DA CAÇA

O dia 28 de Fevereiro foi o dia de encerramento de mais uma época de caça.
Um pouco por todo o país foram realizadas as últimas jornadas de caça, que já estavam confinadas às montarias.
Desde as reservas de caça municipal, até às turísticas e também associativas, o dia 28 de Fevereiro foi preenchido por jornadas de caça monteiras.
Foi a despedida para caçadores e matilheiros, até á próxima época, recolhem às boxes os cães e as armas regressam aos armários.
Pelas notícias que tenho visto nas redes sociais nomeadamente em páginas de associações, clubes, etc. o último dia foi bastante produtivo em boas caçadas de montaria.
Em jeito de balanço e não menosprezando zonas onde a caça esteve bem presente em boas jornadas, penso que no geral a caça menor este ano esteve aquém das espectativas, não sendo de realçar grandes jornadas, só num ou noutro caso se poderá fazer um balanço mais positivo.
Os coelhos foram quase dizimados dos nossos campos não dando as satisfações de outrora aos nossos podengos com as ladras e corridas nos cabeços e lezírias, e ficando os caçadores insatisfeitos. Algo terá de ser feito e esta é a melhor altura de tentar resolver o problema, seja através da proibição de caçar por um ano ou mais, ou por acções de repovoamento, vacinações ou o que for passível de resolver o problema a curto prazo.
As perdizes também andaram arredias e nalgumas zonas a criação foi muito fraca, sendo visível a sua diminuição o aumento de zonas com muito mato e o reflorestamento das zonas ardidas á base de eucaliptal também não ajuda em nada as espécies.
Os tordos vieram no principio em boas quantidades, quem aproveitou os primeiros dias ainda deu o gosto ao dedo, mas tal como vieram depressa desapareceram, para somente nos últimos dias começarem a dar uns lampejos da sua presença em certas zonas, enfim, mais um ano atípico e que nos deixa saudades dos anos 90.
Em alta parecem estar as montarias com zonas a mostrarem grandes quadros de caça e em algumas zonas como por exemplo o Concelho de Mação (Beira-Baixa) a mostrar já alguns veados nas batidas realizadas. Um exemplo de que a caça maior está em altas vê-se pelo número de pessoas que vão aparecendo um pouco pelas montarias realizadas em zonas que até aqui eram pouco conhecidas, um sinal de que cada vez mais as montarias são procuradas para ajudar a compensar os maus anos que se têm vivido na caça menor. Os porcos também têm comparecido aos encontros com bons exemplares registados e bons números de peças abatidas, longe do Alentejo, mas com muito boas indicações para o futuro.
Lembro que é urgente fazer alguma coisa pelo coelho bravo, afinal não é só o lince Ibérico que merece programas especiais, o coelho é a sua base principal de alimentação e sem ele todos os programas de recuperação serão uma causa perdida a nascença.
Desejando a todos os sócios e amigos da ACCMação uma próxima época de caça, se não melhor, pelo menos igual a esta que agora acaba. Fiquem bem e bom defeso. A quem faz esperas tenho a dizer que já falta pouco, vamos deixar o campo descansar estes três meses e preparemos os cevadouros com antecedência para obter bons resultados.
A caça precisa da nossa ajuda.
J.R.