quinta-feira, 10 de março de 2011

LIVRO "UM CONTRIBUTO PARA A DEFESA DA CAÇA"


O Caçador Açoriano Dr. Gualter Furtado, figura sobejamente conhecida no panorama da caça em Portugal, lançou recentemente o livro "Um contributo para a defesa da caça".
Palavras do autor:
"Retrata uma jornada de caça à galinhola na Ilha do Pico, tendo, como pano de fundo, a imponente Montanha que lhe caracteriza e dá o nome.
Além da visível cumplicidade existente entre o caçador e o seu cão, nela também constatamos a profunda relação com a natureza e com a biodiversidade, representada através da figura do caçador, parcialmente coberta pela vegetação, e da presença do coelho, da codorniz e da própria galinhola, símbolos incontestáveis da fauna bravia açoriana.
Encerra o fruto da enorme paixão que o autor sente pela natureza, retratada através de 215 páginas ilustradas por mais de 150 fotografias.
Trata-se, porém, de uma análise bastante racional e objectiva sobre o estado da actividade cinegética nos Açores, no continente português e nalguns países do mundo.

Transmite-nos a mensagem que a caça quando praticada com amizade, espírito de entreajuda, respeito pelo próximo, pela natureza e pelos animais é um acto social valioso, de cultura e muito importante.

Demonstra-nos que o caçador é um defensor leal da natureza, um respeitador das espécies cinegéticas, que possui uma grande relação de proximidade e de cumplicidade com os seus cães, os quais trata muito bem e não abandona como alguns teimam em afirmar.

Que o caçador colabora e promove na recuperação dos habitats, de tal forma que, se não fosse a prática venatória e este intenso empenhamento que só os caçadores conseguem demonstrar e realizar, muitas das espécies animais, cinegéticas e não cinegéticas, com particular destaque para as aquáticas e migratórias, já estariam, há muito, extintas.

Numa altura em que a actividade venatória foi novamente escolhida como alvo por um conjunto de gente da nova doutrina urbana e civilizacional, que pretende julgar como selvagens a caça e os caçadores ou mesmo bani-los face à lei; Pessoas essas que desprezam os campos e os seus costumes face ao brilho multicolorido, distante e insensível das cidades, que falam do que não sabem e do que não percebem."


É portanto uma obra que valerá a pena ter, como testemunho de camaradagem e cumplicidade que deverá unir todos os caçadores, uma obra para ler e desfrutar agora neste defeso que teima em não acabar.

J.R.

sexta-feira, 4 de março de 2011

FINAL DE MAIS UMA ÉPOCA DE CAÇA


Mais uma época de caça se passou e este ano com um saldo, ainda que não muito positivo, não se poderá classificar como o pior dos anos.
Agosto dia 15 abertura ás rolas e pombos, na nossa reserva somente se passeou e serviu para confirmarmos
o mau estado em que se encontram as populações de rolas no nosso país, e para reforçar a ideia de que enquanto não houver coberto vegetal á base de pinheiro os torcazes irão sempre ser em número reduzido.


O mês de Setembro foi como de há uns anos para cá muito quente, fazendo com que não se aproveite bem os trabalhos dos cães, e nem eles trabalham da melhor forma, narizes secos e rastos poucos e os que há desaparecem rapidamente. O saldo final traduz-se numa dúzia de coelhos mortos, ainda assim arranjou-se carne para os almoços, fruto da pontaria do “Sousa”, que só num dia colocou o saldo dele no positivo com dois porcos á cintura.
Outubro entrou e com ele a caça geral, coelhos, lebres e perdizes. As orelhudas este ano tiveram fraca adesão faltando á maioria dos encontros, um ou outra flanela de salto, e a perdiz lá continua a ser a rainha da caça menor e a compor o quadro final de caça, esperemos que este ano criem melhor e que se possam reforçar os bandos.A época de caça este ano terminou cedo, a 21 de Novembro fruto da renovação da licença da reserva,
por isso os tordos e os javalis de montaria tiveram férias e por esta época estão dispensados, que se preparem para a próxima, andamos com o olho neles e estamos-lhes cá com uma vontade, mas adiante que ainda faltam as esperas.
Felizmente não houve acidentes a lamentar, somente um ou outro incidente de percurso, temos de resolver uns problemas de logística e controlar os “predadores”, fora isso tudo corre às mil maravilhas no reino da Associação de Caçadores do Concelho de Mação.

Resta então esperarmos por Maio, altura em que começam as esperas aos porcos e a julgar pela amostras que se têm deixado observar a temporada será bastante promissora.
Entramos assim numa época de estio, mas haverá sempre motivos para escrever algum artigo e continuamos a querer a sua visita.J.R.