sábado, 2 de agosto de 2014

O QUE SE PREPARA NO NOSSO PAÍS

Isto é o que está na forja e que se prepara para ser aplicado no sector da caça menor no nosso pouco esclarecido Portugal. A QUERQUS sem o mínimo de estudo cientifico prepara-se através de baixo assinados levar á proibição da caça á rola brava e a outras espécies. Se a nossa tutela for "enganada" por estes pseudo defensores da caça estamos em maus lençóis. Não deixa de ser preocupante o que se passa com a rola brava, mas esse problema chama-se "MARROCOS" que com a crescente procura dos mais endinheirados para a caça á rola, desenvolve uma prática de sementeiras em extensões enormes e que faz com que estes animais não tenham necessidade de vir até á Península Ibérica procurar comida e zonas de reprodução. Este é um problema que também Espanha está a atravessar. 
Seria óptimo que os nossos políticos compreendessem qual é a principal razão desta redução da espécie no nosso território e finalmente fizessem alguma coisa pela caça que não fosse só proibir.

"É necessário proibir a caça da Rola-brava (Streptopelia turtur) para proteger a espécie

A Rola-comum ou rola-brava (Streptopelia turtur) é uma espécie migradora que está a desaparecer a um ritmo galopante e preocupante em Portugal e na Europa, estimando-se que a sua população tenha decrescido 70% nos últimos 10 anos.
A rola-comum é uma espécie estival que outrora se distribuía pelo País, principalmente no Norte, ocorrendo em áreas

florestadas e em terrenos agrícolas adjacentes. A destruição do habitat, a caça excessiva e a perseguição nas áreas de nidificação e invernação, parecem estar na origem da sua acentuada regressão.
Para piorar a situação, em Portugal é comum a abertura da caça à rola ser durante o mês de Agosto, período durante o qual existem muitas rolas em nidificação, com crias no ninho e, pontualmente, ovos de posturas tardias ou segundas posturas. 
A Quercus considera que a irresponsabilidade e insensibilidade demonstrada nesta matéria pelos sucessivos governos pode contribuir, no curto prazo, para uma situação de extinção da Rola-brava em Portugal.
Todos os anos as associações ambientalistas e algumas organizações do setor cinegético têm alertado publicamente os responsáveis políticos para o problema premente do risco de extinção da Rola-brava.
Não podemos esquecer, que a nível mundial existem exemplos de outras aves cinegéticas que se extinguiram por inoperância dos decisores políticos. O triste destino do Pombo-viajante americano, que foi considerado a ave mais abundante do mundo e cujo último exemplar morreu num jardim zoológico em 1914. A extinção é para sempre.
Apesar da existência de um Plano de Gestão da União Europeia para a Rola-brava, ao abrigo da Diretiva Aves que prevê medidas essenciais e urgentes como a publicação anual de estatísticas da caça credíveis, o desenvolvimento de um modelo populacional preditivo para calcular o abate anual sustentável, o estudo do sucesso reprodutor e da mortalidade invernal e dos fatores que os afetam, em vigor desde 2006, quase nada foi feito em Portugal.
A Quercus apela, assim, à Ministra da Agricultura e ao Ministro do Ambiente que proíbam, com carácter de urgência, a caça à Rola-brava, de modo a prevenir a extinção desta magnífica espécie.

Caça continua a contaminar com chumbo os solos, sedimentos e cadeia alimentar

O chumbo é um metal pesado altamente venenoso para o ser humano e para os animais. As aves, ao ingerirem grãos de areia e pequenas pedras para ajudar a digestão, acabam por também ingerir as pequenas esferas de chumbo dos cartuchos usados na caça. Daí resulta a intoxicação conhecida por saturnismo, com efeitos adversos na saúde das aves, podendo inclusive levar à sua morte.
Tendo em conta os largos milhões de cartuchos usados anualmente na caça no nosso País, são muitas as toneladas de chumbo que, ano após ano, se vão acumulando nas nossas áreas naturais, com especial impacte nas zonas húmidas.
Estima-se que a utilização de chumbo nas munições, só na América do Norte, provoca anualmente a morte de 2,6 milhões de patos por envenenamento, situação que levou à proibição de utilização deste tipo de munições na caça às aves aquáticas em vários países europeus como a França, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca e Noruega.
Estudos recentes em Portugal descrevem valores de envenenamento para o pato-real que em alguns períodos chegam perto dos 60%, provando a ocorrência de mortalidade devido a esta causa no nosso país.
Quercus defende a interdição imediata e total do uso de chumbo como munição em todo o território nacional, à semelhança de outros países europeus.

Caça de aves aquáticas é anacrónica, contraproducente e perigosa para as espécies

A Quercus pede ao governo que proíba a caça às aves aquáticas, principalmente àquelas consideradas ameaçadas ou com populações diminutas.
As aves aquáticas são muito procuradas por fotógrafos de natureza. Consideramos anacrónico o abate destes belos animais só pelo desporto, uma vez que a maioria das aves aquáticas nem sequer é comida após ser abatida como peça de caça.
Dentro das aves aquáticas destacam-se quatro espécies ameaçadas de patos (frisada, pato-trombeteiro, zarro-comum e zarro-negrinha), todas com efetivos residuais em Portugal."