sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

BOM NATAL A TODA A FAMÍLIA DA ACCM

 Vem a ACCM desejar um feliz Natal a toda a família caçadora.

Neste ano atípico, o maior desejo desta Associação é que nos possamos muito em breve reunir para celebrarmos a amizade e o nosso gosto pela caça, pelos animais e pela natureza.


terça-feira, 3 de novembro de 2020

DIA DE SANTO HUBERTO - PADROEIRO DOS CAÇADORES


 Dia de Santo Huberto

Padroeiro dos Caçadores


A história,


Huberto viveu no período medieval, entre 656 e 728 e sempre foi adepto da caça, um certo dia quando o seu pai (Duque Bertrand) estava prestes a ser atacado por um grande urso, Huberto arremeteu tão fortemente para a fera, que esta largou o Duque. Huberto tinha salvo a vida do seu pai.

Rapaz aventureiro, mas de fracos costumes, foi então enviado para estudar no palácio do rei de Neustria (Bélgica) mas acabou por fugir; indo para o palácio do Conde de Austrasia, o­nde recebeu uma boa educação e casou-se com uma filha do conde Dagoberto, Floribane, da qual teve um filho a que chamou Floriberto.

Mas Huberto não era o "rapaz perfeito" e não fazia tudo o que lhe tinham ensinado, nomeadamente, os costumes de ir à missa. Huberto, com toda a sua juvenilidade, dedicou-se unicamente a festas e a vários desportos; deixando a missa e a religião num outro patamar.

E então, uma certa Sexta-feira Santa, em vez de ir à missa, como ditavam os bons costumes, foi caçar. Quiçá, fazer uma das coisas que mais gostava. Andava ele nos bosques, com cães e cavalos, atrás de um veado. Contudo, num ápice, entre as hastes do veado aparece uma cruz luminosa e Huberto ouviu uma voz que lhe dizia: “Se não voltares para Deus cairás no Inferno”.

Tudo isto mexeu com Huberto e fê-lo pensar em tudo o que andava a fazer; de bem ou de mal. Rapidamente, Huberto procurou o Bispo S. Lambert, perante o qual pediu, de joelhos, perdão pelos seus pecados. O santo bispo concedeu-lhe o perdão e dedicou-se a instrui-lo esmeradamente na religião.

Pouco tempo depois a esposa de Huberto morre e ele aproveita para se dedicar totalmente à vida espiritual e religiosa. Renunciou ao direito de ser herdeiro do trono, repartiu os seus bens pelos pobres e foi ordenado sacerdote. Entrou então para o convento dos Padres Beneditinos e dedicou-se à oração, à leitura e meditação, enquanto se ocupava com trabalhos humildes como lavrador e pastor de ovelhas.

Desejava ir a Roma ver o túmulo dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e ouvir o Sumo Pontífice. E assim partiu, a pé, escalando montanhas cobertas de neve e atravessando vales e rios de até que conseguiu chegar, depois de mil perigos, à Cidade Eterna.

Estando um belo dia numa igreja de Roma, orando devotamente, quando foi mandado chamar pelo Sumo Pontífice Sérgio. Este contou-lhe que o bispo Lambert tinha sido assassinado pelos inimigos da fé e que era de opinião que a melhor pessoa para substituir o bispo morto era ele, o monge Huberto. Apesar do medo em aceitar tal cargo, uma visão sobrenatural convenceu-o que devia aceitar, tendo sido consagrado bispo da igreja católica.

Santo Huberto foi bispo de Tongres, de Maestricht e de Liège, Bélgica. O território que competiu governar a Santo Huberto era povoado por gentes que adoravam ídolos e eram muito cruéis. Ele percorreu todas as regiões ensinado a verdadeira religião e afastando das gentes as falsa crenças e as maléficas superstições.

Deus concedeu-lhe o dom de fazer milagres. Os que tinham maus espíritos, ao encontrarem-se com o santo recuperavam a paz, sendo abandonados pelos maus espíritos. Os que antes adoravam ídolos e deuses falsos, ao ouvi-lo falar tão harmoniosamente de Deus dos Céus, que fez a terra, e tudo quanto existe, exclamavam “Não nos haviam falado assim” e convertiam-se e faziam-se baptizar.

Por rios tormentosos, cruzando selvas tenebrosas, fazendo viagens muito cansativas e percorrendo os campos em procissão, cantando e rezando, visitou todo o território da sua diocese, oferecendo os sacrifícios da sua viagem para a conversão dos pecadores, e Deus respondeu-lhe concedendo-lhe que milhares se convertessem à verdadeira fé.

Construiu um templo a S. Lamberto, o santo bispo assassinado, e para lá levou as relíquias do mártir (ao abrir-se o túmulo, depois de vários anos, o corpo estava incorrupto, como se tivesse sido acabado de sepultar). À passagem do corpo do santo vários paralíticos ficaram sarados e começaram a andar e vários cegos recuperaram a vista.

Um dia, enquanto Santo Huberto celebrava a missa, entrou na igreja um homem louco, que tinha sido mordido por um cão com raiva. Toda a gente saiu a correr da praça, mas o santo deu uma bênção ao louco e este ficou instantaneamente sarado e saiu da praça gritando “Voltem tranquilos ao templo que o santo bispo me curou com a sua bênção”. Por isso muita gente invoca S. Huberto contra as mordeduras de cães raivosos.

Outro dia aproximou-se do mar e viu que uma terrível tempestade afundava uma barca cheia de pessoas, e que todos os passageiros caíam entre as o­ndas embravecidas. O santo ajoelhou-se e orou por eles e milagrosamente os náufragos saíram sãos e salvos. Por isso mesmo os marinheiros têm muita fé a Santo Huberto.

No ano 727 Deus anunciou-lhe que estava prestes a morrer, pelo que ao terminar a missa deixou os seus fiéis. “Já não voltarei a beber deste cálice entre vocês”. Pouco depois adoeceu e morreu santamente, deixando entre as gentes a recordação de uma vida dedicada totalmente ao bem dos demais.

Santo Huberto morreu no dia 30 de Maio de 727. Santo Huberto foi canonizado em 743. A lenda de Santo Huberto surgiu provavelmente entre os séculos XII a XIII, mas apenas aparece documentada no século XV.


Feliz dia de Sto. Huberto

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

DIA 4 DE OUTUBRO - ABERTURA Á GERAL



A caça comecou como necessidade para a sobrevivência do Homem. Hoje sen haver necessidade de caçar para sobreviver, caçamos porque faz parte da nossa cultura e dos nossos genes. Como alguém disse um dia "a cultura de um povo é a sua maior herança e o maior sinal de desenvolvimento", assim a caça perpetua por ela mesmo essa cultura. Assim sendo, dia 04 de Outubro faremos mais uma "Abertura Geral". Neste ano tão singular por razões de uma pestilência que nos obriga ao isolamento social, deveremos saber estar como verdadeiros caçadores que somos e defensores da ética e da responsabilidade, não fossemos nós "cavaleiros" duma demanda em prol da Deusa Diana. Vamos fazer a nossa caçada e no final poderemos fazer um almoço com as devidas precauções aproveitando este dia o melhor possível. Faremos ver a toda a sociedade que com precaução e providência os caçadores não serão eles mais uma fonte de propagação, mas sim um exemplo de cidadania. Até Domingo.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

ESTUDO DEMONSTRA QUE A CAÇA MELHORA AS POPULAÇÕES DA FAUNA CINEGÉTICA


Por ML em 
A investigação, realizada durante 50 anos sobre as populações da fauna cinegética no Reino Unido, destaca a importância da informação recebida, graças aos caçadores e como conseguiram fomentar o crescimento da população de algumas espécies, como é o caso da perdiz vermelha.
O balanço do número de abates no Reino Unido mudou consideravelmente nos últimos 50 anos, como mostra um estudo produzido pela Game & Wildlife Conservation Trust (GWCT). Para várias espécies de caça, como o faisão, a perdiz vermelha e o corço, o número de abates aumentou nos últimos 50 anos, enquanto para outras, como a perdiz cinzenta e a lebre, o número de exemplares abatidos diminuiu consideravelmente.
Este estudo é baseado em mais de cinco décadas de recolha de dados. O pessoal da GWCT tem incentivado os caçadores a submeterem registros anuais ao Censo Nacional de Espécies de Caça desde 1961, assim como a extrair informações históricas dos livros de espécies cinegéticas. Estes dados entregues voluntariamente permitiram aos cientistas avaliar as tendências do número de capturas de 45 espécies num período de 50 anos (1966 a 2016).
Nos últimos 50 anos, o número de faisões caçados quase triplicou, com uma estimativa de 13-15 milhões de aves abatidas até 2016. Este aumento é muito inferior ao número de perdizes vermelhas, que se multiplicou 25 vezes em 2016, em comparação com 1966. Em ambos os casos, o aumento do número de abates foi impulsionado por um aumento na solta destes exemplares, que excede o crescimento relativo da população. Por exemplo, havia sete vezes mais faisões libertados em 2016 do que 50 anos antes, numa altura em que as aves selvagens contribuíam muito mais para a população. Em contraste, as populações de perdiz cinzenta diminuíram ao longo do estudo, resultando numa queda de 77% em 50 anos. Isso reflete o colapso nacional conhecido e destaca a importância do trabalho contínuo de monitoramento e conservação desta espécie.
Com o aumento da população de veados no Reino Unido, não é surpreendente ver um aumento no número de abates. Em 50 anos, a população de corços tornou-se quatro vezes maior, agora com cerca de 50.000 animais, e a população de veados vermelhos duplicou para cerca de 100.000 animais. O aumento e diminuição da população de coelhos provavelmente reflete a recuperação da população de coelhos do Reino Unido.
Estas descobertas proporcionam uma importante visão de como a caça mudou ao longo do tempo no Reino Unido. Contribuem para uma iniciativa à escala europeia para desenvolver uma melhor compreensão do papel da caça no contexto da conservação das espécies e do uso sustentável da vida selvagem. O autor Nicholas Aebischer, que é Diretor Adjunto de Pesquisa da GWCT, diz: “Este trabalho sublinha a importância da recolh de dados de uma forma sistemática e a longo prazo. Baseia-se na dedicação de milhares de proprietários, cuidadores e administradores de terras, que se deram ao trabalho de nos relatar os seus registos e não tenho palavras para lhes agradecer o suficiente. Sublinho que esta é a primeira vez que se produzem estimativas abrangentes do tamanho das populações para o Reino Unido, por isso este trabalho constitui um marco importante”.
Este trabalho foi publicado no European Journal of Wildlife Research.