quarta-feira, 25 de abril de 2012

BALANÇO DA ÉPOCA VENATÓRIA 2011/2012





A época venatória 201172012, começou com a abertura às rolas, em comparação ao ano anterior notou-se uma grande mudança, uma vez que na época 2010/ 2011, as rolas foram uma miragem, ao contrário desta época que compareceram em força, proporcionando-nos
uns dias de caça bastante agradáveis.
Pelo começo prometedor avizinhava-se uma boa época de caça para as outras espécies.
Tal não se veio a verificar pelo menos nos coelhos, não que não os houvesse em certa altura em boas quantidades, mas porque as doenças vieram fazer das suas, dizimando uma grande parte deles.
Ainda assim houve um dia ou outro satisfatório, pena é o calor que ainda se verifica nesta altura do ano, que aliado á falta de chuva, contribui para que os campos não se encontrem nas melhores condições para a prática a esta caça, que é também muito exigente para os cães.
As lebres por sua vez andaram arredias dos caçadores sendo apanhadas muito menos que na época anterior, ainda assim elas andam por cá e recomendam-se.
De realçar este ano o avistamento e também o abate de galinholas, são observadas com alguma regularidade, indicador de que com o ressurgimento das matas compostas por pinheiros, são o habitat que esta espécie procura.
Esperemos que a sua migração até às nossas terras seja uma realidade, para nos deliciar com a sua caça e a sua deliciosa carne.
Veio cedo este ano a abertura geral, com boas espectativas para as perdizes, mas como vem sido imagem de marca nestes últimos anos, também este foi madrasto para a criação. As chuvas tardias e as trovoadas de Maio, têm contribuído para que a população de perdizes
venha a ter dificuldade em vencer a pressão cinegética que sobre elas é exercido, embora se tenha de realçar que ainda assim a população apresenta-se com números que são considerados estáveis, não se prevendo que seja necessário deixar de caçar a esta espécie. Precisam sim de ser ajudadas com comedouros e bebedouros e com a limpeza dos matões que tantos predadores já albergam. Têm-se visto muitas raposas, caça-rabos, texugos, javalis, etc., tudo contara a boa evolução das espécies.
As montarias e ganchos correram muito bem, em relação às outras épocas anteriores, uma vez que a população de javalis tem vindo a aumentar. Os fortes matos e o abandono dos campos contribuem fortemente para que esta espécie encontre as condições favoráveis para a sua boa expansão, contribuem assim para nos proporcionar algumas jornadas de caça bastante agradáveis.
Os tordos, dentro do calendário normal, deram dias de caça com pouco interesse, ao contrário daquilo que fazia prever, uma vez que no início da caça geral observaram-se boas entradas destes pássaros. Este cenário foi comum um pouco por todo o país, sendo raras as exceções. Segundo relatos da caserna, há reservas de caça, turísticas ou não, que adotaram a moda dos “nuestros hermanos” ou seja, colocar tabuleiros com uns determinados “bichinhos” espalhados pelos olivais e que segundo relatos de quem observa estes novos “métodos” a coisa parece que resulta permitindo assim que existam as tais exceções. Verdade ou não é um caso a acompanhar no futuro.
Agora aquilo que é certo é que no nosso último dia de caça, três caçarretas e um principiante fizeram em pouco tempo um molho de tordos que após o último gancho da época, serviram para reunirem um grupo de amigos em confraternização para que a época se desse por encerrada com pompa e circunstância, ou seja acabou como começou, com muita camaradagem e muito espirito de equipa.
O balanço final e pelo atrás exposto é positivo, não houve acidentes a lamentar, somente bons dias de caça, e sem dúvida dias para mais tarde recordar.
J.R.