segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CAÇADA DE 24 DE OUTUBRO DE 2010

Domingo, 7 horas de uma manhã de um Outono caracterizado por temperaturas demasiado elevadas, quicá consequências dos desmandos que a espécie humana teima em exercer sobre o nosso planeta azul.
Através da janela vislumbro a luminosidade matinal, saio e enfrento um vento agreste que não me agrada e que enfrento positivamente pensando "Pelo menos não me vou molhar, certamente o mato está enxuto".
Apresto-me assim para mais um daqueles passeios matinais (cientificamente designados por Jornadas Cinegéticas) enfrentando giestas, rosmaninhos, tojos e algumas!! balsas que, de uma forma persistente e eficaz, teimam em nos "abraçar" de uma forma tão calorosa que nos apetece ficar por ali, descansando paulatinamente num qualquer daqueles "sofás graníticos" engenhosamente colocados nas barreiras do Tejo.
Definido o percurso do dia deslocámo-nos para o local, devidamente acompanhados pelos fiéis canídeos, e de imediato começaram as primeiras adversidades - o nevoeiro veio ao nosso encontro. Calma e cuidadosamente enfrentámos as contingências da natureza e iniciámos mais uma jornada de caça, num terreno dificil e muito denso, que nos levaria até às empinadas barreiras do Tejo,na zona da Barca da Amieira.
As “vermelhinhas”, a coberto do denso nevoeiro e tendo como aliada a flora local, não deixaram os seus créditos por asas alheias e prontamente nos brindaram com um baile de se lhe tirar o chapéu. Desportivamente continuámos o passeio e, com maior ou menor dificuldade, fomos avançando . Houve tiros, uns certeiros e outros propositadamente falhados para preservar a espécie, suspeitas de javalis em fuga e até um encontro imediato de um desses “bichinhos” com um companheiro que, de gatas, procurava apanhar o dito á mão(é preciso ter coragem!! (Um verdadeiro Òbelix dos tempos modernos). Decorria a manhã, e, enquanto o primo Júlio, que só atira a Perdigões com pelo menos dois anos, procurava pendurar um desses belos troféus, lá fomos compondo o ramalhete que, no final, se saldaria na cobrança de dezanove belissimos exemplares .
Foi mais uma extraordinária manhã em que, fundamentalmente, se cimentou na amizade do grupo e que culminaria num dos já famosissímos almoços onde não faltaram os não menos famosos complementos: àgua pé, tinto e branco de produção local,bolo de mel e o respectivo medronho.
Como nota final e porque já se vinha notando a falta de apetite de alguns dos convivas,o Luís Alberto, vulgarmente conhecido por Sousa, especialista em veredas e produtos naturais procedeu, numa jogada de antecipação ao homem da moca ( o amigo José Xisto que apesar de ter deixado de dar ao dedo continua a participar nestas caminhadas), à primeira recolha de material alucinogéneo(cogumelos) que, magistralmente confeccionou e serviu aos companheiros que acusavam algum fastio, preparando-os desta forma para o almoço que se seguiria e ao qual já me referi.
E, como diria um amigo de outras andanças: “Isto é lindo!”- Vejam-se as fotos!!!
Boas caçadas
Zeg





sábado, 23 de outubro de 2010

LARGADA DE PERDIZES E FAISÕES DIA 31 DE OUTUBRO EM AVESSADA


No dia 31 de Outubro vai ser levada a efeito a largada anual da nossa Associação.
Se gostas de dar uns tiros á caça, se gostas de passar um dia diferente e em boa companhia, tens já motivos sufIcientes para te juntares a um dos melhores grupos de caça a actuar em Portugal.
A inscrição dá direito a levar a caça abatida, em proporção ao número de caçadores,ao taco e ao almoço.
As inscrições podem ser feitas até ao dia 28 para:
VITOR GONÇALVES - TLM. 919198969
JORGE MATOS - TLM. 927429212

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CAÇADA DIA 16 DE OUTUBRO

Haviam já decorrido 15 dias, desde a última vez que tinha ido caçar, somente o tinha feito no dia 3 e 5 de Outubro.
A vontade de estar no campo, era já muita e o vício de correr atrás das “patirrojas”, (patas vermelhas), como dizem “nuestros hermanos”, já estava a dar mau dormir de noite.
Será que o dia 16 de Outubro nunca mais chega? Finalmente chegou, e com ele o bom tempo, os amigos de sempre, estava iniciada mais uma jornada de caça às perdizes BRAVAS.
Organizam-se os caçadores às ordens do nosso Exmº. Sr. Presidente, sim, porque hoje tivemos pelo menos quatro estreias, não na caça ou como novos sócios, mas estreias na época, pensavamos que já não vinham, mas afinal "eles" vão aparecendo.
Lá nos metemos no mato, embora se note ainda bastante o nevoeiro, poderá afectar o faro dos cães, mas lá vamos nós, cinco minutos depois estamos todos ensopados, o mato está todo molhado da maresia da noite.
Tudo isto são contradições a que já estamos habituados, mas que poderão dar trabalho a curar, secar a roupa no corpo tem os seus custos, eu que o diga, dois dias com dores no corpo todo. Cedo começaram as hostilidades, ainda não tínhamos corrido 50 metros e já o “Sousa” atirava às perdizes que estavam paradas á beira do caminho, bons indícios para o dia.
Continuou a caçada e os lances sucedem-se uns atrás dos outros, a minha vez ainda não tinha chegado, mas a “Missy” já tinha dado boas indicações das perdizes terem estado por ali, mas elas agora já não esperam muito por nós, andamos por ali aos coelhos umas duas ou três vezes e elas já desconfiam dos barulhos todos, começam logo a ganhar terreno por conta.
Mas andamos mais uns cabeços com o mato a atrasar-nos e a molhar-nos até aos ossos e eis que se levantam quatro perdizes á minha frente, talvez a “Missy” ou o “King”, quem sabe, no meio do mato nem os cães vemos, dou sinal ao Prof. Gonçalves e vamos atrás delas, no cimo do cabeço os cães dele levantam-nas, perdizes no ar dois tiros meus a uma delas e vai-se embora, bastante ferida, mas abala a magana.
Mais uma que vai ficar no mato para os bichos. Continuando a marcha, com mais tiros e mais perdizes atiradas, umas cobradas, outras bem falhadas, há de tudo, o calor começa a fazer das suas.
Na volta de regresso acontece que quando vou para dar apoio ao Presidente para bater uma mancha de eucaliptos, a minha perdigueira resolve fazer das suas, primeiro dá um escarreiranço a um coelho que vinha a ser tocado pelo cão do Presidente, até parece que levava lume atrás do bicho, chamo por ela e quando vem a chegar perto de mim faz uma paragem a uma vermelhinha que só faltou a máquina para a fotografia, uma coisa espectacular, incentivei-a a entrar á perdiz, o que fez na perfeição e o lance culminou com a perdiz cobrada e entregue como mandam as regras, como disse aos outros depois, foi um lance que valeu pela manhã toda, e do qual me orgulho pelo trabalho da cadela.
A cadela do Prof. Zé Gonçalves no regresso, fez-se a uma perdiz, também com uma belíssima paragem, tendo-a abocado, sem a perdiz ter levantado. Tendo em conta o sítio onde estava, poderia ser a tal a que eu atirei de manhã, se era foi bom, menos uma que fica para os bichos e serviu para afirmar os excelentes ventos que essa cadela demonstra, outro excelente lançe de caça.
Ainda fomos dar a volta às vinhas, mas as perdizes de lá têm todas a faculdade, não esperam por nós, deram um voo e ei-las que passam a “A23”. Da próxima vez temos de ir com mais cautelas.
Quero ainda salientar que neste dia fomos acompanhados por um casal simpático, residem em Lisboa, mas reconstruiram uma casa numa das nossas aldeias, onde vêem passar os fins-de-semana, foi com muito gosto que os recebemos no nosso meio, espero que tenha sido para eles uma experiência muito positiva, e, que sirva para ajudar a desmistificar tudo o que de menos bom se diz da caça e dos caçadores na generalidade. A Sandra portou-se como uma valente, tendo acompanhado o nosso amigo Joaquim Luís em todo o percurso, jornada de caça cumprida. Teremos caçadora?
Chegado o meio-dia é hora de ir ao almoço, a nossa “cozinheira” desta vez preparou-nos um arroz de cabidela, estava impecável.
Comeu-se no final o famoso bolo de mel e bebeu-se a não menos famosa aguardente de medronho, estava feito o dia para hoje, que magnifica jornada de caça, todos tivemos direito a troféu como é apanágio da nossa associação, vamos esperar que o próximo dia seja igual ou ainda melhor que este, até lá.





sexta-feira, 15 de outubro de 2010

GRANDE FEIRA DE CAÇA DO NORDESTE TRANSMONTANO


Realiza-se em Bragança, no fim-de-semana de 29 de Outubro a 01 de Novembro a 9ªNorçaca,Norpesca & Norcastanha 2010.
Feira já bastante enraizada nas gentes destas terras e nos muitos forasteiros que aproveitam a ida á feira para visitar a região e desfrutar das suas potencialidades, tanto cinegéticas como gastronómicas.
Durante a feira decorrerão os mais variados eventos, tais como, tiro ás hélices, montarias, mostra de cães, largadas de perdizes e faisões, etc, etc,.
Motivos de sobra que decerto levarão mais uma vez milhares de visitantes a estas terras de "Nove meses de Inverno, três de Inferno", que tão bem sabem receber.


(programa da feira)

1ª FEIRA DE CAÇA EM MEDA


O municipio de Meda vai realizar no fim-de-semana de 11 a 14 de Novembro a primeira feira de caça, floresta e produtos regionais.
Realizam-se conjuntamente com este evento montarias aos javalis e largadas de perdizes, entre outros.
Um certame a visitar, e certamente para ficarmos fans.





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

CAÇADA DIA 10 DE OUTUBRO


Este seria um Domingo como tantos outros não fora o facto de estar prevista mais uma jornada cinegética da nossa Associação.
O dia começou cinzento e pouco convidativo mas, apesar das ameaças de chuva que certamente contribuiram para a “gazeta” de alguns dos habituais companheiros destas andanças, lá foram aparecendo de mansinho os irredutíveis caçarretas do grupo(14!!!só?)
Afinal a manhã até esteve bastante boa e, se não fossem os primeiros 100 metros por entre estevas e mato que generosamente depositavam nas nossas roupas algumas gotinhas de água até nem tinhamos tomado o nosso banho matinal.
Enfim! “Ossos do oficio”
Soaram os primeiros tiros e, desta vez, coube-me a mim abrir as “hostilidades”. A “Cuca”, a minha Breton, cobrou na perfeição a primeira “vermelhusca” da época.
A “caminhada”, com maiores ou menores dificuldades para os que não conhecem as veredas e caminhos , decorreu com as habituais peripécias: um escorregadela aqui, uma balsa mais renitente na passagem de um valado, uma pedra mais escorregadia e, esporádicamente, um ou outro tiro que no seu conjunto faziam prever uma jornada de caça pouco consentânea com a qualidade dos artistas de ser viço.
Com as habituais falhas e sucessos avançámos no tempo e no espaço para um encontro marcado com uma chanfana de javali, primorosamente confeccionada pelo nosso amigo José Xisto. Roam-se de inveja aqueles que não lhe meteram o dente.
Contas feitas dos tais poucos e esporádicos tiros resultaram, para nossa surpresa, 16 perdizes cobradas que, para além de indiciarem um bom indice de eficácia dos atiradores, foram mais que suficientes para que cada um de nós levasse o seu troféu.
Boas caçadas.
(AUTORIA DO TEXTO E FOTOS PROFº. ZÉ GONÇALVES)

Se me permitem só dois apontamentso:
- Pelo aspecto que a chanfana tem nas fotos, e pela cara do amigo Júlio, devia estar DIVINAL.
-Poucos mas dos bons, até pareçe que se caça á antiga, ambiente acolhedor, prespectiva de um dia excelente para a parte da tarde.









ABERTURA Á GERAL DIAS 3 E 5 DE OUTUBRO

Para aproveitar o fim-de-semana de inicio da nova temporada de caça, caçamos nos dias 3 e 5 de Outubro.
Sendo o começo da temporada, juntaram-se para caçar duas dezenas de sócios.
O Senhor Presidente dirigiu-se a todos os sócios presentes, apresentou o plano diário para a caçada e partimos em dois grupos, finalmente iria começar a caça.
O dia prometia chuva e como as promessas são para cumprir, cedo começou a chover, bastou entrar no mato.
Dia de caça difícil com as perdizes bastante ariscas, e as lebres a serem erradas por atraso nas esperas.
A chuva é boa, menos para caçar, a roupa molhada não permite que as nossas deslocações se façam com a mesma celeridade. Assim não respondemos tão rápido como seria desejável atrás das vermelhudas.
Com as portas a cumprir com o que se espera delas e com algumas perdizes caçadas pela linha de caçadores chegamos ao fim da caçada com um número bastante razoável de perdizes, tendo em conta as adversidades do dia. Caçaram-se 30 perdizes, pena foi aquelas que ficaram por cobrar, foram feitos todos os esforços para as recuperar, mas foram gorados todos os intentos, pena é deixá-las lá, mas enfim.
Reunidas as tropas e com os cães nos canis, a recuperar do esforço, fomos ao almoço.
Dois leitões assados, servidos pelo talho de Chão-de-Lopes, estavam bastante bons, foram acompanhados pelo "NAUTICO" e aguentaram a malta na escola de Vale da Gama até às tantas em convívio e cavaqueira.
Passou-se assim o primeiro dia e voltados às nossas casas para descansar e recuperar do esforço da jornada, já a pensar na Terça-feira.


Terça de manhã, às 07H00 começaram a aparecer os primeiros convivas para o segundo dia de caça, junto da escola do Vale da Gama.
O dia apresentou-se com uma cara bonita e sem chuva, fresco, bom para caçar.
O número de caçadores foi significativamente menos que no primeiro dia, talvez alguns não tivessem tido tempo de recuperar do esforço.
Uma ligeira adversidade com um colega nosso fez com que às 07H30 já estivéssemos na Avessada a esfolar um javali atropelado por esse colega, carro todo partido, mas sem nada de mais grave a lamentar.
Depois das prelecções da praxe por parte do Sr. Presidente lá partimos para caçar a zona de Alpalhão.
No ano passado tantas perdizes saíram daqueles montes, este ano e para mal dos nossos pecados revelou-se uma jornada inglória. O quadro final de caça apresentou somente dez perdizes e um coelho. As lebres mais uma vez foram falhadas, são das velhas e resistem muito bem ao chumbo.
A jornada de caça até correu bastante bem, mas os montes estão desertos de caça, os matões tomam conta de tudo, e, todos sabemos que mato não dá caça.
Temos de pensar urgentemente numa solução para o problema ou arriscamo-nos a ficar sem caça num espaço de dois a três anos.
Ainda assim e como tem sido apanágio na nossa associação, no final todos tiveram direito ao seu troféu, poucas mas boas que o pessoal também não era muito.
Retornados á sede das aldeias de São Bartolomeu, retemperamos forças com uns grãos com bacalhau preparados pela mulher do nosso amigo e sócio Joaquim Luís, estava tudo muito bom, foi uma opção diferente para fugir um bocado das carnes que são mais habituais neste tipo de almoços.
Este fim-de-semana de caça e convívio estava quase a chegar ao seu término, ficamos ainda uns poucos por ali na conversa, mas eis que é chegada a hora de cada um ir para suas casas, no próximo fim-de-semana há mais, até lá.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A RAINHA DA CAÇA MENOR

A PERDIZ VERMELHA (alectoris rufa)



ABERTURA GERAL

O dia tão ansiado pela maioria dos caçadores está aí á porta.
É já este Domingo que se dá a ABERTURA GERAL.
O desejo de ir para o campo é enorme, as últimas noites mal dormidas, deixam a vontade de ir para o monte ainda mais á flor da pele, correr atrás de perdizes, coelhos e lebres, é, agora a meta principal de todos.
Assim já no Sábado se vai iniciar o ritual das partidas até às zonas de caça, carros na estrada com os seus atrelados de cães, vão ser uma visão comum nas nossas estradas, vamos ter cuidado para ir e vir em segurança.
Domingo de manhã os montes vão estar cheios de caçadores, cães, e cada um com o objectivo bem definido, apanhar caça.
Para que este dia corra pelo melhor e que não ajam acidentes vamos todos ter calma, para não engrossar os números malditos dos acidentes de caça.
Deixem que os cães corram atrás da caça, desfrutem do campo, vejam o comportamento dos animais, e, principalmente lembrem-se que este vai ser o primeiro dia, as máquinas ainda vão estar um pouco desafinadas, vamos dar tempo para que as coisas vaiam ao sítio normalmente.
No final do dia haverá uns que cumpriram os objectivos traçados, outros haverá que não, mas é assim a caça, um desporto de probabilidades, umas vezes ganha-se, outras não, por isso gosto tanto da caça, não há hipótese de corromper o adversário.
Mas uma coisa é certa, se todos nos respeitarmos e respeitarmos o nosso adversário, então aí sim, o nosso dia de ABERTURA GERAL terá valido a pena, e, terá sido bem aproveitado, de certeza absoluta.
Vamos então á caça, boa sorte a todos.