segunda-feira, 13 de julho de 2009

COELHOS Á FARTAZANA NA MADEIRA ( SE FOSSE POR CÁ É QUE ERA BOM)




Depois da doença, espécie recuperou e já causa danos aos agricultores
Governo declara guerra ao coelho bravo


A partir de 8 de Julho, e até ao dia 22, está aberta a caça ao coelho bravo, mas apenas nos campos agricultados. A medida visa, segundo a DRF, uma correcção da população desta espécie. É que há, de momento, um fluxo anormal desta espécie, que povoa e está a danificar alguns dos terrenos agrícolas do norte e sul da ilha.
Em edital, que o JM hoje publica na página 43, a Direcção Regional de Florestas revela que realizou uma avaliação técnico-científica sobre a densidade do coelho bravo na Região, tendo concluído que há, de momento, um fluxo anormal desta espécie, que povoa e está a danificar alguns dos terrenos agrícolas.
“Tal crescimento sucede porque esta espécie se encontra a recuperar de doenças que a afectaram nos últimos anos, designadamente da mixomatose e da doença hemorrágica vírica”, explica a nota, acrescentando que “sendo o coelho bravo uma espécie com grande capacidade de adaptação e reprodução, após surtos epidémicos, acaba por adquirir elevada resistência genética, tendo por consequência o crescimento desmesurado. A alta capacidade de reprodução do coelho bravo revela características próprias de uma praga”, conclui.
Ora, perante a situação a que se assiste nos terrenos agrícolas da Região, como medida preventiva e como forma de minimizar os estragos que causam nas culturas, a Direcção Regional de Floresta, enquanto entidade responsável pelo controlo da densidade das espécies cinegéticas, anuncia que vai promover a sua correcção com carácter excepcional, autorizando o seu abate nos terrenos agrícolas e zonas adjacentes até 50 metros. “O abate do coelho bravo nestes terrenos está autorizado entre os dias 8 e 22 de Julho, do nascer ao pôr-do-sol aos caçadores devidamente habilitados com a carta de caçador e a licença de uso e porte de arma”, explica.
«Esta acção decorre apenas e tão só nos terrenos agrícolas e não no espaço natural nem nos seus habitats silvestres e será fiscalizada pelas autoridades policiais competente em razão da matéria”, complementa.
Em declarações ao JM, Rocha da Silva, director regional de Florestas confirmou que têm chegado aos serviços «vários pedidos de ajuda para diminuir a presença desta espécie nos terrenos agricultados», pelo que se justifica a medida. Diz ainda que a 22 de Julho será feita uma reavaliação da situação para ver se efectivamente ela surtiu efeito.

JM

1 comentário:

Bichodeconta disse...

Olá, cheguei aqui através da travessa do Ferreira lugar que gosto de visitar e comentar algumas vezes..Aquela história das lebres e tantas tantas outras eram contadas pelo meu pai ás filhas, seis meninas hoje mulheres, claro.Só mais tarde viria a concretizar-se um desejo do pai, a vinda de um rapaz..Sétimo e último filho, o meu irmão João que já não está entre nós..Com o pai aprendi a gostar da arte de caçar, sendo a única das filhas que atirava por vezes em exercicío de brincadeira em que o pai iniciava os mais afoitos, não é por estar na minha presença mas tal como o pai tinha boa pontaria. O pai foi seguramente o caçador mais temido pelos coelhos e guardas florestais da região..Cumpre-me dizer que somos do Alentejo, e conto-lhe aqui em primeira mão uma história que se repetia muitas vezes e em que o pai era actor principal..Havia na Herdade do Pedrógão, pertença do ganadero António José Teixeira, havia , dizia eu, um guarda florestal (Ramos de seu nome)que treinou a Égua em que se fazia deslocar pelo latifundio a correr ao som dos tiros dos caçadores. Ai o Pai, combinava com o Brtolomeu Cornacho, Com o professor Gabriel, e outros amigos cujos nomes não me recordo agora.. O pai levava bigodes e patilhas que eu á noite fazia em feltro preto e o pai de manhã colava para se disfarçar, e com os amigos distribuidos estratégicamente em lugares que eles conheciam..Assim quando o dito Srº Ramos se apróximava do lugar onde o pai estava, do outro lado da herdade um dos amigos atirava e a égua virava a garupa e deslocava-se a galope na direcção de onde ouvira o tiro.. Ai o pai e os outros dois pudiam caçar em paz durante algum tempo.O tempo suficiente para a égua chegar próximo do que havia atirado, então outro atirava e lá segui a égua, esfalfada na direcção contrária.. Divertiam-se e divertiamo-nos saber que o pai e companheiros trocavam as voltas ao referido guarda florestal. As caçadas eram abundantes.. Depois era a tarefa de tirar a pele aos coelhos, eu adorava desempenhar essas tarefa, perna do bicho num prego e a pele saia inteira como uma roupa, também gotava de arranjar os peixes do rio ou barragem que o pai pescava.E desde o achegã ás enguias, barbos, carpas,pampos , Nem as lampreias escapavam em anos de cheia em que as águas subiam mais, permitindo que as lampreias se deslocassem para aquelas bandas.. Com o pai ganhei gosto por encher cartuchos, por as bucgas e fazer o rebordo na máquina que tinha de ser bem apertada de forma a que o cartucho ficasse perfeito..Privilégio ser filha daquele homem maravilhosos, que até pescava rebuçados enqunto nós as filhas brincávamos na areia.. Tenho tudo escrito, tenciono públicar assim o consiga.. Quando eu for grande quero ter uma arma como a do pai.Quero calcorrear os campos, ver os bandos de perdizes que por vezes persigo fazendo do meu pobre carro um todo o terreno, isto só para ter o prazer de as ver, sós ou acompanhadas dos filhotes.Ver as lebres que dormem de olhos abertos, atirar uma pequena pedra e ve-las ficar em sentido, atirar uma com mais força e ve-las ficar em pé, orelhas espetadas, ai atiro a pedra pra mais próximo delas de forma a poder ver a beleza da sua corrida em campo aberto..PEÇO DESCULPA PELO ALONGAMENTO, MAS FALAR DO PAI É VOLTAR Á INFANCIA E É SEGURAMENTE FALAR DA PESSOA MAIS INTELIGENTE , MAIS SENSIVEL E MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA.. UM BOM FINAL DE SEMANA, UM ABRAÇO, ELL