UM ESPAÇO ONDE TODOS OS CAÇADORES E AMIGOS DA ASSOCIAÇÃO DE CAÇADORES DO CONCELHO DE MAÇÃO SE PODEM REUNIR NUMA TERTÚLIA PARA DESFRUTAR DESTE NOSSO DESPORTO.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
CONHECER AS NOSSAS PERDIZES
PERDIZ VERMELHA
Espécie:
Alectoris rufa
Distribuição:
Europa: Encontra-se principalmente na Península Ibérica, França, Itália e
Inglaterra.
Portugal:
Encontra-se distribuída por todo o país, embora em maior número na
parte interior.
Peso:
Machos 520 – 750 gr
Fêmeas 450 – 560 gr
Tamanho:
Comprimento: 34 - 50 cm
Cauda: Quase inexistente.
Asas (envergadura): 60 cm
Patas:
Dedo Exterior: 35 mm
Dedo Central: 45 mm
Dedo Interno: 30 mm
Longevidade:
3 a 4 anos, excepcionalmente 7 a 8 anos
Dimorfismo sexual:
Os machos adultos, são maiores, mais pesados e têm uma cabeça mais volumosa.
Apresentam tarsos mais compridos e grossos, esporões com base larga e extremidade
arredondada.
É possível diferenciar, com certeza, animais capturados, por observação dos órgãos
genitais.
Plumagem:
Cabeça cinzenta, com uma faixa branca comprida que passa por cima dos olhos. Lista
ocular estende-se pelo pescoço até à barra peitoral malhada, envolvendo o mento e a
garganta.
Cor parda e ocre, com largo babete orlado de preto.
Peito malhado de preto.
Flanco com riscas pardas, brancas e pretas.
Maturidade sexual:
A Maturidade sexual é atingida por volta dos 10 meses.
Juvenis: Inicia a muda no primeiro mês de vida e prolonga-se até Outubro Novembro,
embora não haja substituição das duas últimas rémiges, estas penas, são
pontiagudas e podem apresentar uma pequena pinta branca na extremidade
Adultos: Inicia a muda de todas as rémiges primárias duas ou três semanas antes do
juvenil. As duas últimas penas têm a extremidade arredondada.
Espaço Vital:
Dependente da disponibilidade de alimento, água e abrigo, podendo variar entre 1 ha e
valores acima dos 18 ha.
Cabe aos machos a escolha e defesa do território.
Cálculo da Idade:
Até às 3 Semanas: Dominância de penugem, bico e patas de cor rosa, cauda não visível;
4 Semanas:
Cabeça e pescoço com penugem, bico acinzentado, patas de cor rosa
claro;
6 Semanas: Sem penugem em parte da cabeça, por trás do pescoço e parte das
costas, cauda bem visível;
8 Semanas: Alinhamento de plumas tricolores nos flancos, manchas pretas no
pescoço, bico vermelho;
10 Semanas: Dois alinhamentos de plumas tricolores nos flancos, peito azulado,
ventre amarelo-torrado;
12 Semanas: Frente azulada, colar negro, garganta bem branca.
1 Ano: A primeira e segunda rémige são pontiagudas com pontas
amarelecidas.
Adultos: Rémiges arredondadas e sem manchas.
Reprodução:
Acasalamento: Janeiro e Fevereiro (sul do País);
Fevereiro e Março (norte do País).
Postura: Março e Abril (sul do País);
Abril e Maio (norte do País).
Em média, cada postura tem 12 ovos, podendo variar entre os 8 e os
23 ovos.
Poderá acontecer uma segunda postura e esta será incubada pelo
macho.
Incubação: Duração de 23 dias.
Eclosão: Maio e Junho (sul do País);
Finais de Junho (norte do País).
Visto, ser uma espécie nidifuga, os perdigotos abandonam o ninho
logo quando nascem e seguem os adultos em busca de alimento.
Indícios de Presença:
O canto característico desta espécie, comum aos dois sexos – Tchouk-tchouk-tchoukartchoukar
e do macho kok-tchak-tchak (2 vezes) e kok-tchak (2 vezes);
Excrementos isolados ou em monte, de cor esverdeada a bege claro de dimensões 0,2cm x
0.5 a 1cm no caso dos juvenis e 0,4cm x 1 a 2cm no caso dos adultos.
Depressões na terra devido a banhos de poeira, com o objectivo de eliminarem parasitas e
excessos de gordura das penas.
Habitat:
Prefere zonas com culturas cerealíferas e periferia das áreas incultas ou matos e em
vinhas. Gosta de zonas sem grande coberto para caminhar e avistar os predadores. Parece
ter preferência por zonas com sebes, caminhos e muros, pelo facto de se desenvolver uma
vegetação que lhe proporcione abrigo e protecção.
Alimentação:
Juvenis: Insectívora evoluindo para herbívora.
Adultos: Produtos de origem vegetal, grãos (trigo, cevada e aveia), bolota e folhas,
rebentos, bagas, flores e raízes de uma grande variedade de plantas
espontâneas.
Comportamento:
Espécie gregária Bandos Final do Verão e Outono.
Casais Janeiro até à Primavera.
Grupo familiar Verão
Gestão:
Mortalidade:
(indivíduos por ano) Desde a postura até a idade adulta a taxa de mortalidade varia entre 47% a 87%.
Factores:
Doenças:
Não afecta muito a mortalidade, contudo referenciam-se doenças
Víricas, bacterianas, fúngicas e parasitárias.
Predação:
Raposa, Ginete, Gato-bravo, Rapinas, Javali, Corvídeos (ninhos e
Perdigotos) e Cães e Gatos assilvestrados.
Caça: Para se manter um bom nível populacional não se deverá abater mais de
50% dos efectivos.
Agricultura: Abandono gradual da agricultura, nomeadamente de culturas
Cerealíferas, destruição de ninhos por máquinas agrícolas e perturbação
Por parte dos rebanhos.
Clima: Frio e chuva em Junho e Julho prejudicam os perdigotos. Um inverno
Com gelo prolongado e neve compacta aumento muito a mortalidade nos
Adultos.
Melhoramento do Habitat:
Diversificar os distintos usos do solo, conseguindo uma percentagem
Elevada de cereal de ciclo alargado;
Optimizar a qualidade e quantidade de margens entre parcelas de
Cultivo;
Sincronizar os trabalhos agrícolas com o ciclo biológico da perdiz:
Elaborar um plano de cultivos favorável à espécie;
Harmonizar o pastoreio, a ganadaria intensiva, a silvicultura e outros
aproveitamentos com os requerimentos da perdiz;
Criar lugares especiais para garantir a nidificação e a sobrevivência dos
perdigotos;
Manutenção de pontos de água (construção de pequenas charcas),
Bebedouros e comedouros artificiais;
Eliminar os vectores e agentes patogénicos que geram doenças e
parasitoses;
Construir abrigos com materiais provenientes de podas de sobreiros e
azinheiras ou do desenraizamento de eucaliptos, assim como outro tipo
de árvores, deverão ser estrategicamente colocados no terreno, de forma
a proporcionarem abrigo e tranquilidade para a nidificação.
Controle de Predadores: Os predadores que importam salientar são a Raposa, Saca-rabo, Ginete,
Gato-bravo, Aves de Rapina, Javali, Corvídeos (ninhos e perdigotos) e
Cães e Gatos assilvestrados. Para o controle destas espécies poderão ser
utilizados vários métodos como batidas, esperas, colocação de caixas
armadilhas, sempre com autorização da DGRF (Direcção Geral do
Recursos Florestais).
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