segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

GANCHO DOS SÓCIOS / FECHO DE ÉPOCA CINEGÉTICA


Depois de algum tempo de inactividade e pedindo desculpa a todos os fiéis seguidores, mas a época cinegética no que diz respeito a montarias e caçadas aos tordos não foi muito feliz nem teve motivos de reportagem dignos para serem apresentados.

Mas essa época passou e no último dia de caça da época 2012/2013 voltaram as boas notícias e os bons motivos de reportagem.

No dia e há hora marcadas juntaram-se no Centro de Convívio de Avessada os suspeitos do costume para realizar um gancho aos javalis, eramos poucos, e um infeliz infortúnio fez com que alguns não pudessem estar presentes, mas a coisa levou caminho.

Assim, depois do café da praxe e dos acertos de última hora, já com os matilheiros presentes, o Márcio e o Manuel Martinho, partimos para a mancha para dar inicio ás hostilidades.

Começou bem o gancho com algumas histórias dignas de registo, como por exemplo a do Sousa ter achado um relógio no meio do mato e depois verificar que afinal era o dele, tinha-o deixado cair sem ter reparado e achou-o, era ainda cedo e com tanto nevoeiro é normal acontecerem destas coisas. Outra história foi com o Júlio Romão a atirar pedras a um javali porque ele estava muito encoberto pelo mato e estava na direcção das portas e as balas poderiam acertar em alguém, um gesto de louvar, ainda mais eu que tive a sorte de ter cobrado este bonito exemplar que se apresentou á minha porta, dei como é óbvio os meus agradecimentos ao atirador de pedras. Enfim um belo começo de caça.

Os matilheiros no meu modo de ver estiveram muito bem com os cães a cumprir e dada a dureza do terreno a bater e com tão poucos cães muito trabalho apresentaram.

Mexeram-se muitos porcos, eu pelo menos atirei a três javalis, tendo cobrado um e ferido outro que penso ter morrido mas que não foi encontrado, o meu parceiro do lado o João Luís é que não teve muita sorte, embora tenha ainda atirado uns tiros a dois javalis não chegou a cobrar nenhum, ele há dias assim, aquela bicharada quando vem lançada na corrida é tramada de acertar, melhores dias virão e aquele javali, o tal já está a tua espera. Ainda avistei mais dois que foram atirados pelo Joaquim Luís e pelo Paulo Machado, não tendo eles tido a ajuda de Diana na pontaria, mas que foi bonito de ver isso foi.

O terceiro javali a que atirei foi ter direitinho com o António Manuel e como ele tem a lição bem estudada não falhou na tarefa que lhe foi exigida e com 4 tiros rematou o javali.

Se tivéssemos mais umas três ou quatro portas o resultado poderia ter sido bem melhor, pois ficaram pontos fulcrais sem ninguém e os porcos sentindo essas fraquezas bem aproveitaram para se pirarem por lá.

O resultado final saldou-se em dois javalis, em matéria de tiros deram-se cerca de 40, o que demonstra animação ao mais alto nível, para 9 portas, foi muito bom, tendo em conta que foi em terreno totalmente livre, com javalis puros e selvagens.

Finalizada a caçada restava-nos ainda ter de dar o nosso melhor a nível físico para tirar dos cachafundos da ribeira os exemplares abatidos, mas com um espirito de grupo excelente esta tarefa foi completamente superada.

Cerca das duas horas da tarde chegamos para almoçar um estufado de javali preparado pela Idalina, mulher do Joaquim Luís, estava excelente, atrevo-me mesmo a dizer que foi do melhor que comi nestes anos de caçadas, parabéns á Idalina, é uma cozinheira de mão cheia.

O nosso amigo Júlio Romão convidou para almoçar connosco um amigo francês o Bernard, que escolheu o nosso país, na aldeia de São José das Matas para comprar uma casa de férias, e que se revelou um amigalhaço, apreciador dos nossos pratos e das nossas actividades cinegéticas, foi um camaradão, contribuiu para que alguns aproveitassem para desenferrujar o seu francês, de tal modo que no final do dia até já falávamos francês uns com os outros.

Para finalizar o dia e para eu e o Sousa fomos ajudar o Márcio a apanhar os cães que faltavam e apanhar uns tortulhos “piece de resistance” para acompanhar uns lombetes de javali fresquinhos a que as brasas deram o condão de os transformar em mais uma bela refeição, foi assim que terminamos este excelente dia de caça passado em boa companhia com belas histórias para mais tarde recordar.

Até á próxima e boas caçadas.

J.R.





















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