ERA UMA VEZ...
...há numa zona deste nosso Portugal uma Reserva Municipal pequenina que resiste ainda hoje e sempre às grandes Reservas Associativas e Turísticas.
Chama-se “Clube de Caçadores de Santa Cruz de Riba Tâmega” e onde há uns terríveis caçadores que resistem á chamada cada vez mais insistente das ditas reservas e mantêm-se fiéis á sua terra e às suas origens.
Este ano veio mais uma vez a provar-se que os pequenos também podem ser grandes quando o trabalho é bem feito, não digo que é feito somente pela organização, nem haveria meios para isso, digo sim que é um trabalho bem feito por todos os sócios e a provar-se aquilo que digo é que houve rolas e pombos com alguma abundância e os resultados foram tão bons ou melhores que em algumas reservas do Alentejo, Trás-os-Montes, Estremadura e Beiras onde as aberturas às rolas eram famosas há alguns anos atrás, (lembro que no Algarve e uma parte do litoral Alentejano as rolas aparecem mais tarde nas suas rotas de volta das migrações).
Verifica-se e fica como exemplo para quem lê estas linhas que do esforço colectivo e havendo possibilidades devemos, e digo isto a todos os caçadores, devemos fazer pela caça ou ela não fará por nós. Este lema foi observado por estes bravos caçadores e no final do dia tiveram o resultado daquilo que semearam e que foi o bornal cheio.
Somente tenho a acrescentar que no Século XXI ninguém anda á caça com ideias de números na cabeça, a caça deve ser um desporto, ninguém vai caçar para comer e os principais interessados em que haja caça são os verdadeiros caçadores, aqueles que gostam de sair para o campo e terem um lance de caça que valha pelo dia e não um bornal a abarrotar de caça que não lhe deu o mínimo de prazer caçar, que depois nem vamos desfrutar dela ao nível de consumo porque não gostamos ou porque nem a sabemos preparar ou porque até dá um trabalhão depenar as aves e ficam assim no fundo da arca até se atirarem fora na maioria das vezes. Mas também é verdade que ninguém gosta de sair de casa e principalmente no primeiro dia de caça, levantar-se às 04H00 da madrugada às vezes mal dormido, ir ao campo para passar umas horas agradáveis e voltar sem dar um tiro a uma rola ou pombo que seja. È mau e é ainda pior quando ao fim de tanto tempo a pedir para se fazer qualquer coisa pela caça não ter sido escutado. Será que os principais dirigentes como têm convites para as reservas dos amigos se deixam de interessar por aquilo que é de todos os outros, pois estão servidos por outro lado. Se assim for o fim anunciado nunca esteve tão próximo e nada sobrevive com estas formas de ver a caça e o associativismo. É a minha opinião e vale o que vale, mas se pensarmos um pouco sobre isto, no fundo terá algum sentido.
Para terminar somente lhes quero dizer que continuem a ser os irredutíveis de “Santa Cruz e Riba Tâmega” e os exércitos de Associativas e Turísticas nunca os hão-de vencer.
RESULTADO DO DIA DE ABERTURA NUM CEVADOURO BEM FEITO (PORTA DE UM AMIGO)
UM BOM EXEMPLO DE CIVISMO, OS CARTUCHOS VÃO PARA O LIXO NÃO FICAM NO CAMPO.
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