No dia 10 de Dezembro de 2011, realizou-se nos terrenos da Associação de Caçadores do Concelho de Mação (ACCM), a terceira montaria em conjunto com o Clube de Caça da Maceira.
Foi feita a montaria numa mancha sobranceira ao rio Ocreza, delimitada a norte pela A23, mancha muito querençuda de porcos, com muitos matões e zonas assoalhadas que permitem que os javalis se sintam bem por ali. Também foi muito bem feito o trabalho de casa com os cevadouros a aguentarem por ali os animais, até ao dia da montaria.
Cedo começaram a chegar os monteiros, para mais este evento, que tinha este ano uma vertente diferente, era do tipo mata pendura, o que pode originar muitas divergências de opiniões, mas isso não interessa nada para este texto.
A seguir ao “taco”, realizou-se o sorteio das portas e rumou-se á mancha.
A chuva apareceu assim que a montaria começou e como ela também o frio também nos fez companhia durante toda a caçada, não fosse a animação proporcionada pelos javalis, eram tiros e mais tiros, porcos por todo o lado, grandes, pequenos, fêmeas com listados, enfim um pouco de tudo para animar o pessoal. Fosse a pontaria tão afinada como foi o Paulo com a porca que se atravessou pela frente e o resultado final, não seriam somente de três porcas, mas seria muito mais avultado, houve caçadores a falhar porcos em limpas e a meia dúzia de metros, outros houve a quem se lhe encravou a arma, um rol de “acidentes”, que não servindo de desculpa, ajudaram a animar a coisa.
As matilhas de cães estiveram no seu melhor, havendo ladras do principio ao fim da montaria, pena foi a chuva que tornou a jornada muito dura e com o monte molhado, sabemos todos muito bem que o desempenho dos animais não é o melhor, seria talvez umas das melhores montarias em terrenos abertos, feitas no distrito de Santarém, atrevo-me a arriscar, assim o tempo o tivesse permitido, mas melhores dias virão.
A única parte negativa do evento e somente a realço por ser negativa, foi a falta dos porcos na junta final, não houve lugar ao “
tableau de chasse”, deveria ter havido uma última e justa homenagem aos animais participantes da caçada,
eles, os abatidos merecem isso da nossa parte.
Pela animação e pela quantidade de animais na mancha, o almoço ficou para tarde, mas no final recompensou o porco assado no espeto, acompanhado pelo famoso arroz de feijão, estava tudo bom e a companhia também esteve do melhor.
O dia acabou na casa do matador de serviço, o amigo Paulo, e teve-se de esfolar o bicho, acompanhado de uns copos do vinho tinto da talha, que este ano está de se lhe tirar o chapéu, falou-se e conviveu-se até às tantas.
Mais um dia bem passado pelas terras da Beira-Baixa.
A (ACCM), agradeçe a todos os participantes, principalmente ao Clube de Caça da Maceira, pela sua presença e pela confiança que denotam na nossa reserva para realizarem um dos seus eventos anuais.
J.R.
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