sábado, 14 de novembro de 2009

DIA DE CAÇA AOS COELHOS COM ACOMPANHAMENTO

Se porventura os caçadores tivessem juízo, além de haver bastante mais caça, haveria também de valer alguma coisa as previsões meteorológicas que apontavam forte
vendaval acompanhadas de grandes aguaceiros para o dia de quinta-feira 12 de Novembro, não era decerto dia de caça, mas ainda assim nos juntámos para uma caçada aos coelhos na reserva municipal de Riba-Tâmega, Livração, foram eles J.R., J.M.G. e A.M., os três estarolas. Escusado será dizer que passado uns minutos de estarmos no monte já éramos uns autênticos pintos, mas esforçados, pois os cães também caçam sem se incomodarem com a chuva, temos pois de dar o exemplo.
Mas não fosse a forte chuva, a dureza do monte, alguma incapacidade física e o resultado final poderia ser outro completamente diferente, além do “flanelas” que o A. M. matou com um disparo de se lhe tirar o chapéu, (fica registado para a posteridade na nossa memória), teríamos trazido pelo menos mais um ou até dois, já que os cães fizeram dentro do possível o trabalho que lhes competia, quem falha somos nós o material tem sempre razão, diz-se.
Digo-vos eu também que o material que vi a caçar é material de primeira com uma podenguinha novinha a destacar-se dos demais cães, irá de certeza dar cartas a todos num futuro bem próximo, que tenha sorte e o seu dono também.
Cerca do meio-dia deixamos o monte encharcados, mas satisfeitos, tratamos de enfarpelar roupa seca e fomos almoçar á “Taberna da Cruz” onde comemos umas boas costeletas de vitela assada na brasa acompanhada de vinho verde tinto e branco, tudo muito bom, fica a promessa de voltar numa próxima oportunidade.
Mas a grande surpresa estava guardada para o jantar, íamos comer uns faisões e perdizes feitas no pote, sim no pote de ferro como o faziam os nossos avós, a verdadeira cozinha tradicional na sua forma mais pura. Depenadas as ditas, foram preparadas da forma que só um transmontano sabe fazer, (bom um beirão ou alentejano também dariam um jeito). Passadas primeiro pela grelha em cima das brasas para secar, são de seguida metidas no pote onde já ferve o azeite (do extra-virgem pois claro), e rugem-se bem, cobrem-se com bastante cebola e rega-se com um bom vinho branco (primeiro prova-se o vinho, claro!), os temperos é a gosto e também um pouco do segredo da coisa. Mas digo-vos que é de se lhe tirar o chapéu, um petisco como não se vê em qualquer bom restaurante, nem desses da cozinha tradicional, experimentem e digam qualquer coisa.
Foi assim que reunimos á volta de uma mesa uma dúzia (mais ou menos) de amigos que trataram de não deixar que se estragasse nem um bocado de perdiz ou de faisão, tal estava a comida. Comeu-se e também se bebeu que o vinhinho não era nada mau, mas principalmente confraternizou-se, falamos daquilo que mais gostamos, caça claro. No final já com a noite bem entrada é que são elas que amanhã é dia de pica boi. Fica a vontade e o pensamento já na próxima vez que nos iremos reunir, fazem falta é as perdizes mas se Deus quiser e os tiros forem certeiros decerto elas não faltarão para mais uma vez irmos caçar aos coelhos com acompanhamento.
Obrigado a todos e até á próxima, saudações cinegéticas.


A VER COMO SE DÁ O JEITO AOS PÁSSAROS E Á FOGUEIRA.

NUNCA SE PODE DEIXAR PEGAR AO FUNDO DA PANELA, SEMPRE A MEXER.

AQUI É QUE ESTÁ O SEGREDO BEM GUARDADO.

A PARTE DE CIMA DA MESA

E A PARTE DE BAIXO DA MESA, DIFERENÇAS? NENHUMAS NÃO É.

OS TIOZINDO COMEÇA A ACOMPANHAR, FORÇA E SAÚDE DESEJAMOS TODOS.

A PROVAR O RESULTADO DA SUA CONFECÇÃO,-ESTÃO BOAS SIM SENHOR.

QUE BOM QUE ESTÁ O JANTAR.

O POTE SEMPRE FUMEGANTE AGUENTA AS INVESTIDAS DE TODOS.

E ESTAS BATATAS ASSADAS NA BRASA COM AZEITE, BOAS.

AFINAL AINDA HÁ UNS COELHOS NA MUNICIPAL PENSA O PRESIDENTE.

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