Vieram de bastante longe caçar connosco e não fosse outra vez o excessivo calor o dia até teria corrido melhor.
Começamos por se reunirmos em Avessada que tão bem nos acolhe nestes dias, e depois das apresentações e feitos os rituais da praxe, desta vez pelo nosso Exmo. Presidente, lá fomos para o monte atrá desses ariscos animais que tão bem protegidos estão e com o tempo do lado deles.
Colocadas as portas, começa-se a bater a mancha e cedo oprimeiro coelho veio parar ao cinturão, apanhado a dente pelos cães.
Mato duro de se bater, mas a vontade e o vício são grandes e incentiva-se os cães, forçam-se as pernas, o tojo gatanho é tramado, desanima qualquer um, dá mesmo vontade de voltar para trás.
Lá fomos indo e continuando a palmilhar mato, estevas e tojo, os coelhos passam-se, os cães dão uma ladra, correm 4 ou 5 metros atrás deles, rastos no chão duro e seco não há, caça difícil, não há condições.
Um tiro, dois tiros, mais uma série de tiros, o pessoal que está nas portas começa a tremer, a adrenalina a subir, ouvem-se os cães a laticar atrás dos coelhos,lá vêm um, nada, não saem do matão os sacanas, têm a escola toda e sabem como enganar os cães, estes são os seus terrenos é a sua casa todos os dias, não há nada a fazer.
No final sempre trouxemos uma meia dúzia destes difíceis roedores, o que até não é mau nestas condicões.
O almoço estava á nossa espera, como sempre preparado pelo nosso Mestre Cozinheiro, que nos preparou um ensopado de peixe do rio, estava divinal.
Os nossos amigos de Penafiel brindaram-nos com um excelente vinho verde CASEIRO, e que tão bem se enquadrou neste prato, um casamento perfeio entre o vinho do Norte e o ensopado de peixe do Sul.
Um dia excelentemente passado em boa companhia, obrigado a todos e até uma próxima oportunidade.
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