terça-feira, 6 de outubro de 2009

O DIA DA ABERTURA........



.......começou como tantos outros, somente o nevoeiro nos veio visitar adiando a nossa saida, mas os amigos que se reuniram foram os de sempre, e, como sempre os melhores. O Sr. Presidente fez as inscrições e após os apelos á segurança e ao respeito ás espécies, delineou-se a zona da reserva a caçar e distribuiram-se as esperas e os batedores com os seus cães. Eis alguns dos batedores que foram peças importantes no desenrolar da caçada, pois fizeram o trabalho de levar em alguns casos as pedizes até ás esperas e noutro caso de fazerem brilharetes de abater cinco perdizes, nada mau para a abertura e como estava em falta os nervos já eram muitos.
O nevoeiro no inicio até ajudou no andamento da caçada, mas com o avançar da manhã o Sol começou a fazer o seu trabalho e de tal maneira o fez que parece que a caça se evaporou tal o calor que ficou. As temperaturas chegaram aos 32º graus, que convenhamos não é nada bom para se caçar, excepto se for caça submarina que é fresquinha.

Mas a nossa vontade de caçar é muita e apesar do calor e das fracas condições que os nossos cães já tinham para desempenhar o seu papel da melhor maneira, ainda conseguimos apresentar um quadro final de caça bastante razoável com vinte e duas perdizes e dois coelhos, o que deu para cada caçador ter direito á sua peça de caça no final da jornada, nada mau.

Pela parte que me diz respeito, tive a sorte de caçar um magnifico exemplar, dos que já vão sendo raros nos nossos campos, pois é um macho dominante como podem ver pelas pintas pretas nas penas da cauda e que só estes dominantes apresentam e têm de ser 100% bravos para as mesmas se desenvolverem quando tomam conta de um bando. Agora e como derradeira homenagem á sua bravura o seu troféu irá enfeitar uma bonita tábua de madeira de modo a ser lembrado e o seu lançe de caça não será esquecido, estes animais merecem todos os tributos que lhe prestarmos.

Após este dia de caça ás perdizes bravas , das verdadeiras e que tanto suor fazem escorrer pelos nossos rostos e ensopam as nossa camisas, eis que somos brindados com estes opíparos petiscos que só o nosso cozinheiro de estalo é capaz de confeccionar, o Sr.César no seu melhor.
E a tratarem-nos desta maneira depois não se admirem de nos outros dias estarmos pesados, pudera é só comer e exercício que é bom , nada. Mas andar atrá delas (das perdizes) também cansa, se não olhem para a camisa deles.
No meu caso pode ver-se o perdigão a camisa suada para o poder ter caçado e o Sr. que está ao meu lado, de suor nada..., passa-se qualquer coisa.

E no caso deste rapaz que fez imensos quilómetros para vir caçar connosco vê-se que está bastante combalido, mas após o almoço a recuperação vai ser decerto boa.

O nosso Presidente da Assembleia também está com cara de quem andou atrás delas por montes e vales, sim que isto não é o Alentejo, aqui não há facilidades.

Por falar em facilidades, este Sr. fartou-se de trabalhar de bater esteva e tojo rijo como tudo e não conseguiu dar um tiro, fica para a próxima, o seu historial na andanças da caça fala por ele e mais tarde ou mais cedo o seu dia chegará.
O Ti Zé com a perdiz á cintura, matou duas, ainda é uma arma que segura bem a caça, pontaria afinada , boa colocação, é o saber de muitos anos a bater mato.
Dois amigos antes da caçada atentos ao Presidente, vamos ter em atenção esses tiros a 100 metros ou mais que eu ainda não comprei os cartuchos especiais.
O amigo neste dia andava atrás do meu perdigão mas chegou um pouco atrasado, já cá morava.
Nuno tem cuidado que o César não gosta que lhe destapem as sopas, não sabes que elas têm de suar, para ficarem como nós estamos.
Este amigo teve direito a um prato diferente e por isso no próximo dia tem de pagar a despesa. Vamos ficar a aguardar pelo dia 10 de Outubro, até lá portem-se bem e vamos lá a afinar essas espingardas, saudações cinegéticas.

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